Celesc (CLSC4). Mesmo com bons fundamentos, a ação continua barata, negociando a um preço/lucro abaixo de 5 e abaixo do seu valor patrimonial.
Além disso, a empresa tem uma dívida controlada, proventos consistentes e uma forte expectativa de crescimento com as revisões tarifárias em 2026. Quer saber por que dois bilionários da bolsa têm posições relevantes na Celesc? Então segue o fio!
A força da Celesc em Santa Catarina
Um estado que cresce acima da média
Santa Catarina é um dos estados mais desenvolvidos do Brasil. Mesmo sendo o 20º em área territorial, tem:
- IDH acima da média nacional
- Alta renda per capita
- Baixa inadimplência
- Forte crescimento econômico
Com isso, a Celesc atua em um mercado concentrado e lucrativo, ao contrário de distribuidoras que precisam investir pesado em grandes áreas pouco rentáveis.
Presença massiva no estado
A Celesc atende 92% da área de SC e é a 9ª maior distribuidora em número de unidades consumidoras. O contrato de concessão foi prorrogado até 2045, garantindo previsibilidade e segurança regulatória por muitos anos.
Estrutura acionária: nomes de peso por trás da Celesc
A Celesc não é uma estatal “clássica”. Veja só quem está por trás da empresa:
- Estado de SC: 22% das ações totais (50% ON)
- EDP (Energias do Brasil): quase 30% das ações totais
- Lírio Parisotto (Fundo LIPAR): 8,39%
- Luiz Alves (Alaska Pollinion): 9,16%
- Eletrobrás e fundos de pensão: mais de 15%
Com players de peso e visão de longo prazo, a governança da empresa tende a melhorar e o foco é geração de valor.
Diversificação de negócios: mais que uma distribuidora
A Celesc não é só distribuição. Ela atua em diversos segmentos:
- 100% da Celesc Distribuição
- 100% da Celesc Geração – avaliada em cerca de R$ 1 bilhão
- Participações em:
- SCGás (17%)
- Casan (9,8%)
- Transmissão (30,88%)
- Usinas hidrelétricas
Ou seja, a Celesc é uma empresa completa de utilidade pública: distribuição, geração, transmissão, gás e saneamento.
Resultados sólidos e margens em evolução
Nos últimos anos, a empresa apresentou:
- Receita em crescimento contínuo
- EBITDA recorde de R$ 1,5 bilhão
- Lucro líquido de R$ 716 milhões (margem líquida de 7%)
- Alavancagem saudável: 1,5x EBITDA
- Valor de mercado: cerca de R$ 3 bilhões
Mesmo sendo uma das maiores distribuidoras, é classificada como microcap — o que mostra uma clara distorção de preço.
Dividendos generosos e previsíveis
A Celesc tem um payout de 40% a 45%, com dividend yield que varia de 6% a 10%, o que é acima da média do setor. Para 2024:
- Proventos totais estimados: R$ 7,37 por ação
- DY atual: 9,3% líquido
O único porém? O atraso nos pagamentos: os proventos trimestrais são pagos apenas em junho e dezembro do ano seguinte.
Revisões tarifárias e mais lucros em 2026
A Celesc investiu cerca de R$ 4,6 bilhões entre 2021 e 2024. Com isso, a revisão tarifária prevista para 2026 pode gerar um aumento de até R$ 500 milhões por ano na receita.
E lembre-se: as revisões ocorrem a cada 4 anos e reconhecem os investimentos feitos — ou seja, mais retorno à vista.
Riscos e pontos de atenção
Nem tudo são flores. Entre os principais riscos estão:
- Passivos atuariais de R$ 1,7 bilhão (em queda)
- Baixa liquidez nas ações ON (CLSC3)
- Demora no pagamento de proventos
Porém, o endividamento segue controlado, com prazos longos e juros baixos, o que reduz preocupações.
Conclusão: uma joia escondida no setor elétrico
A Celesc é uma elétrica barata, lucrativa, com bons dividendos e presença relevante em SC, um dos estados que mais crescem no Brasil.
Mesmo negociando perto da máxima histórica, ainda apresenta indicadores atrativos, potencial de valorização e revisões tarifárias que podem turbinar o lucro a partir de 2026.
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